segunda-feira, 3 de março de 2008

Mais um ano lectivo!!!


Estamos de volta, cheios de energia!


(Os nossos contos foram terminados pelos autores, a quem agradecemos.
Este ano, temos andado a aperfeiçoar textos, a fazer mais ilustrações e vamos começar no 3º período a gravar a leitura das nossas histórias e a fazer o nosso livrinho em E.V.T. ... Apareçam!)



quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Daniel, o desportista

Para além de excelente aluno, Daniel era também um bom desportista, não se cansando de entrar em todos os jogos para que era convidado, fossem de basquetebol, futebol ou voleibol.
Era reconhecido na sua escola como um verdadeiro artista nas modalidades desportivas.
Só que, naquele dia, Daniel encontrava-se numa encruzilhada: naquele dia, sabia que uns senhores iriam visitar a sua escola e escolher alguns alunos para fazerem parte de uma equipa. Só que ele não sabia de quê……

(António Cruz)

Soube dias depois: estava convocado para jogar na equipa de futebol da escola. Futebol, aquilo que ele mais queria! Mas tudo se passou assim:

(5ºC - David e Roberto)

o Daniel tinha um colega que era sobrinho de um treinador de um grande clube de futebol (um dos observadores que iriam à escola ver os atletas) e que sabia que o seu desporto preferido era o futebol. Falou então ao tio sobre o Daniel: disse-lhe que tinha um colega que era o melhor da equipa da escola e pediu-lhe que fosse lá vê-lo jogar. O tio concordou e lá apareceu com o seu colega para ver se o miúdo valia a pena.

(5ºA - Duarte e Luís Carlos)

Daniel jogou, também naquele dia, com grande destaque na equipa e, além de ter sido o melhor marcador, foi também o melhor jogador em campo. Que alegria! Estava encantado da vida!

(5ªC - Diogo e André)

Os senhores gostaram tanto do jogador que resolveram levá-lo para treinar com os mais novos do seu clube. E lá foi o Daniel, todo contente!

(5ºA - Duarte e Luís Carlos)

Daniel treinava no clube (era o Andorinha), já há 3 anos, quando um belo dia o treinador chegou lá e disse:
- Daniel, estás convocado para os avançados.
- Obrigado, treinador, por me passar para os avançados.
- Vais jogar no próximo jogo, Andorinha-Marítimo.
Quando o jogo acabou a equipa do Daniel tinha empatado 3 - 3.

(5ºA - Marcelo e Hugo)

Mas, como o jogo era a Final do Campeonato, teve que ser decidido a penaltis, e quem ganhou foi a equipa do Daniel (5-3).
O treinador gostou muito de vê-lo em campo.
Uma semana depois, quando o Daniel foi treinar, trazia uma má notícia:
- Eu tenho de sair do Andorinha porque tive notas baixas e a minha mãe não me deixa vir treinar mais. Talvez volte daqui a um mês, se conseguir melhorar…

(5ºC - Oriana e Miguel)

O Daniel andava muito aplicado, depois de sair do Andorinha, para poder voltar de novo à equipa.
Algum tempo depois, o Daniel teve um teste na disciplina de Português. Quando a professora trouxe o resultado da ficha de avaliação, o Daniel teve uma boa nota e a directora de turma decidiu falar com a sua mãe. E disse:
- O seu filho teve bons resultados na ficha de avaliação de Português. Se calhar já lhe podia tirar o castigo…
(5ºC - Lisandra e Leocádia)

A mãe do Daniel tirou-lhe o castigo mas com uma condição: ele tinha de tirar boas notas até ao final do ano lectivo.
Assim, o Daniel foi para o treino e o resto dos colegas ficaram contentes porque ele tinha voltado para a equipa. Quanto ao treinador, estava mesmo MUITO contente por ele ter voltado para a equipa porque ele era o melhor. O Daniel era o craque do Andorinha e estava a fazer muita falta!!

(5ºA - Joana e Andreína)



No primeiro treino, e ao chegar ao relvado, ele encontrou Alex Rocha, o melhor jogador dos juvenis. Ficou muito contente, parecia-lhe que aquilo era sinal de boa sorte!
O treino correu muito bem e o treinador estava muito contente com o desempenho da sua equipa e do Daniel, em especial.
(5ºA - Cláudia, Marisa e Érica)

Escolhido para fazer parte da equipa inicial que iria jogar contra um dos grandes da Liga, Daniel estava confiante em que iria ter um bom desempenho. E assim foi. No dia do tal jogo, alinhando desde logo a ponta de lança, Daniel viria a marcar o primeiro golo da sua equipa que, ao final dos 90 minutos acabaria empatada com o seu adversário. Só que Daniel não conseguiria chegar ao final do jogo. Num lance de ataque à baliza adversária, Daniel viria a sofrer uma grave lesão aos 83 minutos de jogo. Uma lesão que o obrigaria a sair de campo em maca e a ser assistido no hospital mais próximo.
O veredicto dos médicos foi o pior: Daniel nunca mais poderia jogar futebol, ou outro desporto qualquer, já que a partir dessa data estava impossibilitado de se mover pelos seus próprios meios.
Apanhado de surpresa, ainda mal refeito das notícias que acabava de receber, Daniel chorou todas as lágrimas que um ser humano consegue chorar, amaldiçoando o dia em que tivera a infeliz ideia de se tornar jogador de futebol. Ainda internado no hospital, passaram-se os primeiros dias sobre o acidente no campo de futebol e as más notícias que tinha recebido dos médicos.
Mas Daniel era um rapaz cheio de força de vontade, persistente, um rapaz que não baixava os braços perante o pior dos cenários. E, acima de tudo, adorava o desporto. Foi então que tomou uma importante decisão na sua vida...

(António Cruz)

- Desistir é uma grande parvoíce! – Decidiu o Daniel
Então resolveu…
(5ºA - Carolina e Pedro)

… recomeçar lentamente o treino. Devagarinho, mas com grande força de vontade, Daniel foi fazendo exercícios diariamente e…
… passado um mês, Daniel já estava praticamente recuperado.
Então, o médico preparou-lhe uma surpresa:
(5ºA - Carolina e Pedro)

tinha combinado com o treinador dar-lhe um equipamento novo da sua equipa e também o fardamento e uma bola da sua equipa favorita. E a equipa preferida dele era...
(5ºC - Alexandre e David)

… o Chelsea. O treinador e o médico ofereceram-lhe tudo e o treinador anunciou-lhe:
- Tens de ir para os Paraolímpicos. Mas mudas para outra modalidade, basquetebol.
- Se é essa a única hipótese, está bem! Eu quero é jogar! – afirmou o Daniel.
Então resolveu treinar muito para ganhar os Paraolímpicos…
(5ºA - Carolina e Pedro)


Terminado que estava o período de recuperação, Daniel sentia-se preparado para passar a fazer parte, conforme o médico lhe tinha prometido, da equipa de basquetebol paraolímpica. Confinado que estava a uma cadeira de rodas, mas sempre ajudado pela sua enorme força de vontade e grande amor ao desporto, Daniel conseguira vencer a adversidade de nunca mais poder praticar um desporto de forma considerada "normal".
Passadas algumas semanas, Daniel foi apresentado pelo médico, que se tornara num grande amigo, ao seu novo treinador e àqueles que, provavelmente, viriam a ser os seus novos colegas de equipa.
E, desde logo, percebeu que aquela era uma equipa bem diferente das com que estivera habituado a jogar. Pareceu-lhe ser um ambiente de maior camaradagem e entreajuda, numa atmosfera descontraída e bem disposta. Daniel foi imediatamente recebido de braços abertos pelos seus novos companheiros, que lhe fizeram uma enorme festa de recepção, e lhe passaram para as mãos uma bola que marcaria uma nova etapa na sua vida de desportista.

(António Cruz)

Quando viu a bola Daniel entusiasmou-se logo, gritando:
- Pessoal, vamos lá jogar!
Durante o jogo, Daniel encestou 7 bolas.
No final, Daniel disse:
(5ºA - Carolina e Pedro)

- Pessoal, agora eu vou ser vosso companheiro de equipa. Se precisarem de alguma coisa, podem contar comigo!
E o treinador acrescentou:
- O Daniel vai ser vosso companheiro de equipa e por isso tratem bem dele. Ok?
- Ok! – disseram eles.
(5ºA - Carolina e Pedro)

- Agora vamos treinar a valer para marcar muitos cestos, como eu fiz naquele dia em que marquei 7 golos seguidos, sem parar. Para isso temos que treinar muito para ganharmos o Mundial. Ok?

- Ok, vamos a isso! Temos que treinar mesmo muito!

Treinaram dias e dias sem parar até chegar o grande jogo. Era o jogo da final do Mundial e quem ganhasse, ficaria com uma taça de todo o tamanho e …

(5ºC - Alexandre e David)

... uma medalha de ouro, para cada jogador.
Quando chegou à grande final, o treinador gritou para a equipa:
-Dêem o vosso melhor e lembrem-se de passar a bola ao Daniel, porque ele é o melhor marcador da equipa.
Quando acabou o jogo, a equipa do Daniel tinha ganho 5-3 e festejaram todos, em grande alegria …

(5ºA – Carolina e Pedro)

O treinador do Daniel convidou todos os familiares da sua equipa e fizeram uma festa de todo o tamanho. Comeram muita coisa: bolos, batata frita, guloseimas, …
No dia seguinte, o Daniel ficou doente, com muitas dores de barriga. E sentia uma dor forte no braço direito. Teve de que ir ao médico, mas nem a sua mãe nem o seu pai estavam em casa para levá-lo, por isso telefonou para um amigo da sua equipa, o Gabriel, pedindo-lhe para ir com ele. E lá foram eles…
(5ºC - Alexandre e David)

Quando chegaram ao hospital disseram ao médico o que se passava.
O médico disse-lhes que Daniel deveria…
(5ºA - Carolina e Pedro)

… estar de repouso durante uma semana e não deveria fazer esforços.
O Daniel não gostou muito da ideia, mas teve de aceitar para não ficar pior.
Quando ele chegou a casa o treinador estava à espera dele para lhe falar:

- Precisamos de ter uma conversa de homem para homem. Daniel… tu tens algum problema grave de saúde?!
- É que eu tenho um problema no músculo do braço. Mas consigo continuar a jogar…

Decidiram conversar juntos com o médico, e chamaram-no.

(5ºA - Carolina e Pedro)

- Deixa lá ver isso, pediu-lhe o médico.

E assim foi, o médico examinou-lhe o braço e, a certa altura, esboçou um leve sorriso, quase imperceptível.

- Vais ter que ir a Espanha para seres observado por um dos maiores especialistas em paralisias motoras. Talvez ele te possa ajudar.

Daniel embarcou com os seus pais passados alguns dias e, já em Barcelona - lugar onde se situava a clínica do tal especialista - foi de imediato recebido e observado. Passadas duas horas entre questionários e exames de todo o tipo, o médico espanhol perguntou-lhe se ele se importava de ser sujeito a uma intervenção cirúrgica. Nem Daniel nem os pais se importavam, já que tinham a garantia de estarem nas mãos de um dos melhores médicos do mundo naquela especialidade.

Dois dias depois Daniel viria a entrar na sala de operações e só de lá sairia passadas sete horas e alguns minutos.

No dia seguinte, e já na enfermaria, seria visitado pelo médico que o operara e que lhe disse ter a intervenção corrido muito bem. Agora só teria que esperar mais uma semaninha para ver o resultado da mesma.

Preocupados com a falta de mais informações, os pais do Daniel não deixavam o quarto por um minuto que fosse, estando sempre ao lado do seu filho e apoiando-o em tudo o que ele precisasse.

Diariamente era visitado pelo médico que se remetia a um mutismo preocupante, o que ainda mais preocupava os pais do rapaz. Mas, ao oitavo dia pós-operatório, o médico convida Daniel a levantar-se da cama e a dar alguns passos. Todos estranharam tal coisa mas, ao colocar os pés no chão, Daniel sentiu de imediato que algo tinha mudado em si. Apoiado de ambos os lados, Daniel conseguiu dar meia dúzia de passos. Tanto ele como os pais choravam de emoção e alegria quanto o médico, a um canto da enfermaria, os olhava com ternura e orgulho.

- Agora Daniel, vais ter que fazer alguns meses de fisioterapia para que, a pouco e pouco, consigas recuperar a tua capacidade motora e voltares a andar como sempre o fizeste antes do acidente.

Passaram-se oito meses de exercícios de todo o género que serviram para recuperar o seu equilíbrio, a sua massa muscular e a sua capacidade de andar.

Regressados a Portugal, Daniel quis logo ir visitar os seus colegas de equipa paraolímpica e ver como eles estavam, para além de lhes mostrar o milagre da ciência a que tinha sido submetido.

A alegria foi geral e, no final, Daniel foi convidado para ficar como treinador daquela equipa já que o actual deixaria a mesma dentro de dois meses para ir treinar uma outra modalidade que, no próximo ano, competiria nos Jogos Olímpicos.

(António Cruz)

As traquinices do Gato Simão

O gato Simão era muito traquinas e estava sempre a aprontar alguma partida aos restantes animais da quinta onde vivia. Pata ante pata, aproximava-se do cão Edgar que dormia sossegado à sombra da sua casota… dissimuladamente aproximava-se do porquinho Joaquim… silenciosamente aproximava-se da vaquinha Clotilde… sorrateiramente aproximava-se do burrinho Jeremias…. e, como felino que era, aproximava-se do galo Cócórócócó…
Para dizer a verdade, já andavam todos um bocado chateados com as partidas do gato Simão. Até que resolveram ser eles a tomar a iniciativa e inverterem os papéis………. (António Cruz)

Durante a noite, enquanto o gato Simão dormia, a vaquinha Clotilde, o burrinho Jeremias, o galo Cócórócócó e os outros animais da quinta reuniram-se no estábulo a planear uma partida contra o gato Simão.
Pensaram muito pela noite fora e lá conseguiram ter uma boa ideia! Mas precisavam de ajuda do porquinho Alexandre, do pato Nuno e do touro Helder.
Na manhã seguinte, o porquinho Alexandre acordou o gato Simão e levou-o ao seu chiqueiro. O pato Nuno juntou-se a eles e...
(5ºC - Tiago e Alexandre)

… o gato Simão estava a achar estranho estarem todos com ar suspeito, mas não ligou muito. Passado algum tempo já era noite e o gato Simão resolveu ir a Lisboa ver a Rita, a sua irmã que não via desde a infância. Seria então a oportunidade perfeita para mais uma reunião dos animais da quinta! O galo Cócórócócó (que era o que tinha mais jeito para mentir) encarregava-se de dizer ao gato Simão para aproveitar bem e ficar alguns dias por Lisboa e a vaquinha Clotilde encarregava-se de telefonar à Agência onde tinha sido registado o Euromilhões para lhe pregarem uma partida dizendo que ele tinha ganho o 1º Prémio. Ia ser a melhor partida do ano!!!

(5ºA – Daniela e Ricardo)
Mas o galo Cócórócócó ficou um pedacinho triste porque o gato Simão gostava de pregar partidas, mas o galo não gostava de ferir os sentimentos dos outros. Só que tinha de ser forte para poder dar uma lição ao gato Simão.
Ele não tinha coragem de dizer ao gato Simão que tinha ganho o Euromilhões porque de certeza que ele não ia acreditar, e então foi pedir ajuda ao burrinho Jeremias.
- Jeremias, podes dar-me uma ajudinha?
- Eu até queria ajudar-te, mas não posso porque sou burro.
- Então a quem vou pedir ajuda?
- Sei lá. Eu já te disse que sou burro!
- Esquece!
O galo foi pedir ajuda ao cão Edgar mas o cãozito não estava interessado.
- Eu não posso porque estou a cuidar dos meus filhos e a minha mulher Camila está doente.
- E então a quem vou pedir ajuda?
- Filha pára, Bolinhas anda cá, Kiki tira a mão do bolo de chocolate, não sejas gulosa, Tritão fala mais baixo!

(5ºA- Cláudia, Érica, Marisa).

Logo depois o galo encheu-se de força, pegou no telefone e, mesmo sem ajuda de ninguém, ligou ao gato Simão a dizer-lhe que tinha ganho o Euromilhões.

(5ºC - Carina e Nuno)
- A sério???!!!!!! Que sorte! Vou já para casa! Temos de combinar uma jantarada logo à noite. - disse o gato Simão.

(5ºC - Diogo e Rafael)

Quando levaram o gato Simão para a Agência, para receber o Euromilhões, viram que ele afinal tinha ganho mesmo e a partida tinha ido por água abaixo. O gato Simão, todo contente, telefonou ao cavalo Cristiano Ronaldo para o ir buscar com o seu Ferrari, dizendo-lhe que estava no aeroporto da Adidas. Pelo caminho contou-lhe o que lhe tinha acontecido, mas disse-lhe também que, durante a viagem, tinha perdido todo o dinheiro que tinha ganho.

(5º C - Tiago e Roberto)

- Como aconteceu isso, amigo gato? – perguntou o cavalo Cristiano.
E o gato respondeu a cantar:

Vinha na viageeem,
De repente o
Dinheiro caaai
Pela janela
E vai para a margem,
Mesmo junto ao maaaaaar.
Depois telefonei-te

Para me vires buscaaaaaaar…

Chegaram a casa. O cavalo Cristiano foi comer uma amora e beber um sumo de limão. O gato Simão foi para o sofá com o coração na mão.
- E agora??!! Como pago o jantar a esta gente toda?
(5ºA - Catarina e Élvio)

Para pagar o jantar àquela gente toda ele pensou então em fazer o Totoloto. E lá foi. Então não é que lhe saiu um bom prémio?! Foi logo à loja do Mestre João para receber o dinheiro. Depois reservou uma mesa no Supra-Massas, um luxuoso restaurante italiano, para jantar, e lá foram eles. Após o jantar foram para casa dormir e nessa altura o gato Simão pensou: “Vou mas é esconder isto antes que fique sem dinheiro!!! Pensava que o jantar ia sair barato mas afinal foi caríssimo! Nunca mais me meto noutra…"

(5ºC - Filipe e Carlos)

Como ainda restava um bom dinheiro, o gato Simão guardou-o num cofre bem fechado sem se aperceber que estava a ser seguido pelo cavalo Cristiano; este estava a espreitá-lo, silenciosamente por trás duma cortina. O cavalo tentou, depois, abrir o cofre mas não conseguiu. Entretanto, o gato reuniu-se com os seus amigos e todos deram por falta do cavalo.

(5ºA - Duarte e Francisco)


... que, entretanto tinha encontrado com uma égua por quem se tinha apaixonado e que lhe tinha tirado da cabeça a ideia de assaltar o cofre.
- Mas que ideia mais triste e despropositada - apontou-lhe a pata a égua Zeferina.
O cavalo, cabisbaixo, lá aceitou o sermão, explicando que não era para roubar nada, mas sim para esconder porque os animais da quinta queriam pregar uma partida ao gato Simão.


Bem, isto para dizer que, enquanto os animais da quinta se reuniam para decidir o que fazer ao malandreco do Simão, o cavalo já tratava dos papéis do casamento com a sua recente namorada-égua e até já pensavam em ir passar uma lua-de-mel à quinta de uns parentes afastados.
Enquanto isso, e desconfiando daquelas reuniões para que todos eram chamados, menos ele, o gato Simão, este arquitectava aquela que seria a grande partida da sua vida e que envolveria todos os animais da quinta de uma só vez...

(António Cruz)

Mal sabia ele o que lhe estavam a preparar também os seus amigos da Quinta: o cavalo Cristiano e a Zeferina já os tinham informado da localização do cofre e estavam todos de acordo em pregar-lhe uma ENORME partida: esconderam o dinheiro do gato Simão na casa da árvore, lá bem no cimo.

O gato Simão nunca se lembraria de ir ao cimo da árvore (porque tinha medo das alturas). Todos combinaram nunca contar nada sobre o esconderijo, até que o gato aprendesse a lição.

No dia seguinte, o Simão viu uma bicicleta tão bonita e tão cintilante na montra do supermercado que decidiu ir ao cofre buscar o seu dinheiro. Qual não foi a sua surpresa quando viu que o cofre estava vazio!...

(5ºA - Daniela e Ricardo)
Deixou de magicar no que andava a planear para gozar com os amigos e procurou, procurou, procurou… Já desesperado, gritou:

- Desapareceu-me o cofre!!!

Sem saber o que fazer, resolveu que tinha então que jogar a última cartada: chamar a sua irmã Rita! Como ninguém a conhecia, porque vivia em Lisboa, não sabiam dos seus super-poderes. Assim ele poderia obter o seu apoio no maior segredo, já que ela conseguia teletransportar objectos, lia o pensamento dos outros animais e tinha também visão de raio-X. Se ela viesse, ajudava-o a descobrir o paradeiro do seu rico dinheirinho e, ao mesmo tempo, poderia ficar a saber quem se tinha atrevido a fazê-lo desaparecer. Pegou no telefone e explicou-lhe a situação.

(todo o 5ºC)

A irmã do Gato Simão disse que podia ir para a quinta e que poderia resolver o seu problema. O Gato Simão ficou contente e foi dizer aos outros animais. Quem não ficou lá muito satisfeito foi o Cavalo Cristiano pois...

(5ºA - Andreína e Joana)

... a Rita tinha sido namorada dele quando eram pequenos mas tinham-se zangado. No entanto ele já tinha saudades dela, estava era muito nervoso com o seu regresso.
(5ºA – Andreína e Joana)

A Rita, ao voltar, lembrou-se do cavalo Cristiano Ronaldo, mas ele já tinha namorada e ela ficou muito triste porque ainda gostava muito dele.
Quando a Zeferina perguntou quem era a gata que vinha a passar ela fugiu…
(5ºC - Rubina e Luana)

O cavalo Cristiano Ronaldo foi falar com o gato Simão. Queria pedir-lhe para dizer à sua irmã que se afastasse dele:
- A minha irmã não está cá por tua causa! Está a resolver um problema meu.

O cavalo ficou muito desconfiado e, aflito, foi contar aos outros animais da quinta.

(5ºA - Joana e Andreína)

Apercebendo-se do estratagema do gato Simão ao convidar uma "estranha" para a quinta, acreditando que a sua missão era a de pôr a descoberto o esquema do cavalo Cristiano, que até suspeitava dos poderes especiais da gata Rita, o equídeo resolveu contactar a agência de detectives mais conhecida no mercado, "Toupeiras Secretas Investigações" (TSI), para tentarem anular as intenções do gato Simão e da gata Rita e assim desmascará-los nesta aventura em que uma simples brincadeira já se tinha tornado. Passados dois dias, quatro toupeiras de óculos escuros e cachimbo ao canto da boca, franqueavam os portões da quinta de forma menos discreta possível...Dentro de um calhambeque que soluçava, rugia e parecia que se desfazia a cada metro que avançava...
- TSI ao vosso serviço! - berrou a toupeira detective chefe apresentando-se ao cavalo Cristiano.

(António Cruz)

O cavalo ficou espantado com a eficiência da toupeira. Mas ficou também um pouco aflito porque ela poderia achar mal que tivessem escondido a caixa no cimo da casa da árvore ….
(5ºA - Andreína e Joana)

Por isso tentou mentir-lhe, mas não serviu de nada, pois as Toupeiras conseguiram descobrir que tudo não passava de uma partida dos animais da quinta ao gato Simão. As Toupeiras resolveram ajudá-los, concluindo que afinal estavam ali para ajudar todo o grupo a combater o gato Simão e a sua irmã Rita, com os seus poderes. Ficou claro que o que todos queriam era que elas não deixassem que o gato Simão e a Rita descobrissem onde estava o dinheiro…

(5ºC - Luana e Rubina)

Os animais da quinta e as toupeiras detectives fizeram uma reunião secreta com o objectivo de...
(5º A -Joana e Andreína)

...arranjar armas contra os poderes da gata Rita: teletransportar objectos, ler o pensamento dos outros animais e visão de raio-X.

Esqueceram-se foi de que entretanto, a Rita, por seu lado, já andava a investigar.

(5ºC - Rubina e Luana)

Enquanto andava pela rua, a Rita viu uma caixa no cimo de uma árvore.



Com a sua visão de Raio-X conseguia ver o que estava dentro da caixa, e pareceu-lhe o dinheiro do Gato Simão.
Entretanto, apareceram as toupeiras que vinham a persegui-la.

(5ºA – Joana e Andreína)

As toupeiras inventaram que precisavam de ajuda para apagar um incêndio que se tinha iniciado na Quinta.
A Rita foi a correr tentar apagar o fogo, enquanto as toupeiras moviam o dinheiro para debaixo da terra porque aí ninguém conseguiria encontrá-lo.
Entretanto a Rita voltou e viu que o dinheiro estava lá, foi ao cimo da árvore e tirou o cofre, mas reparou que ele estava muito leve. Abriu-o e viu que estava cheio de papel.
(5ºC - Rubina e Luana)

Então a Rita foi procurar as toupeiras e acusou-as de terem roubado o dinheiro do seu irmão. As toupeiras negaram tudo!
(5ºA - Andreína e Joana)

Nessa altura a Rita ficou confusa, porque não percebia o que tinha acontecido ao dinheiro.
A Rita fez uma reunião para poder ver quem é que tinha tirado do cimo da árvore o dinheiro, uma vez que conseguia ler pensamentos sempre que se concentrasse, mas as toupeiras não compareceram à reunião e ela ficou ainda mais desconfiada…

(5ºC - Luana e Rubina)
Com todas estas confusões geradas de parte a parte, o Cavalo, o gato Simão e a gata Rita, bem como todos os restantes animais da quinta, resolveram, num momento de tréguas, realizar uma reunião no celeiro para desfazer equívocos e colocar as coisas nos devidos lugares.

E assim, entre explicações de uns e de outros, lá foram confessando as tramóias, partidas e brincadeiras em que todos já se tinham envolvido. E quando o cavalo Cristiano revelou que tinha contratado as toupeiras do TSI, a gata Rita deu um pulo enorme e um miar de arrepiar, contando que as quatro toupeiras nada mais eram que um bando de ladrões tão bem conhecido e melhor organizado que conseguiam interceptar mensagens, telefonemas e anúncios nos jornais para dar mais um golpe nos incautos e pobres animais que precisavam de ajuda num qualquer momento das suas vidas.

Com as orelhas descaídas, o pescoço pendente e a crina murcha, o cavalo Cristiano ficou desolado com a notícia que acabava de receber, prometendo que doravante nunca mais se envolveria em empreitadas arriscadas e muito menos desconfiaria dos seus colegas e amigos da quinta. No que foi secundado pelo gato Simão que pediu desculpa daquela brincadeira maluca em que tinha acabado por envolver todos e que, afinal, só acabara por trazer prejuízo para cada um deles.

- Mas prometo que, a partir de agora, irei tentar descobrir o paradeiro do bando de toupeiras e recuperar aquilo que nos foi roubado. A partir de hoje nasce a empresa de descobridores de tramóias, Simão e Rita, Lda! - afirmação do gato Simão que acabou por contagiar os restantes e deixar-lhes uma réstia de esperança quanto ao desfecho deste episódio. Será que o gato Simão e a gata Rita serão bem sucedidos?

(António Cruz)

A menina escritora

São sete horas da manhã. Liliana levanta-se para mais um dia de trabalho na quinta de seus pais. Liliana tem apenas quinze anos de idade e o seu maior sonho era saber ler e escrever.
Filha de uma família pobre, desde cedo fora obrigada a ajudar nas tarefas domésticas que incluíam o cuidado para com os animais da quinta.
Liliana tinha um lindo cabelo loiro e um olhar azul que encantava para quem ela olhava. Mal ela sabia que nesse dia uma visita inesperada iria mudar a sua vida para sempre……..

(António Cruz)

- Se ao menos soubesse escrever o meu nome, pensava. Foi então que ouviu baterem à porta.
(5ºC - André e Nuno)

Ela abriu a porta e viu o pai com um senhor.
- É um amigo meu que te vai ensinar a ler e a escrever. Chama-se Pedro e vai ser o teu explicador.

(5ºA - Rúben e Luís)

- Mas pai, nós somos uma família pobre, não temos dinheiro para pagar um explicador. – disse Liliana
- Filha, tu precisas de saber ler e escrever. Sei que é o teu maior desejo - disse o pai.
- Está bem, mas… e a despesa?
Então o pai contou-lhe que o explicador ajudava as crianças mais pobres e Liliana era uma delas. Por isso o explicador não queria ser pago.
No dia seguinte as explicações começaram e Liliana ficou toda contente porque já sabia ler e escrever o nome do seu pai e o dela. Trabalhavam numa lousa pequenina que o explicador trazia com ele todos os dias.
(5ºC - Joana e Nuno)

No dia em que Liliana tinha começado a aprender a ler e a escrever ficou tão contente que foi para a rua e, com uma pedra, começou a escrever em todas as paredes o seu nome e o nome do seu pai.

No dia seguinte veio de novo o explicador e desta vez ensinou-a a fazer os números e a fazer contas simples, de somar e subtrair. Quando Liliana acabou de aprender isso tudo, ficou tão contente que fez contas, escreveu a sua idade, … tudo isso nas paredes de pedra.

(5ºA Pedro Miguel e Jorge)

Liliana estava a riscar as paredes, e a vizinha foi à rua reclamar:

- Oh! Miúda, sai imediatamente!

A Liliana não deu ouvidos à vizinha e logo que a viu entrar dentro de casa começou a riscar-lhe a parede.

Como agora já sabia escrever bem, começou a escrever coisas de mau gosto nas paredes da casa da vizinha: “ Velha maldita”.

A vizinha foi reclamar ao seu pai. Logo que a Liliana chegou a casa, o pai disse:

- O que estiveste a fazer nas paredes da casa da vizinha?

E a Liliana disse-lhe:

- Foi a vizinha que me andou a irritar.

(5º C - Leocádia e Lisandra)
- Pois filha, se continuas assim ficas de castigo.
- Porquê, pai?
- Porque eu tive o trabalho de ir buscar um explicador para te ensinar a ler e a escrever, era o teu maior sonho, e eu concretizei-o, mas agora que sabes ler e escrever, só fazes disparates! Pensava que ias dar mais valor à educação.
- Desculpe pai, nunca mais repetirei os disparates que fiz, e vou pedir desculpa à vizinha.



Liliana foi pedir desculpa à Dona Lúcia, que tinha ficado muito ofendida.
- Desculpe, Dona Lúcia, por ter riscado as suas paredes e lhe ter chamado velha maldita.
- Eu desculpo, pois sei que era a primeira vez que conseguias sozinha ler e escrever. Mas sei também que não sabes que se deve escrever em papéis.
- Papéis? Mas os papéis não são só para embrulhar coisas?
- Não, dá para ambas as situações.
(5ºC - Jéssica e Ângela)

- Olha, eu vou mostrar-te como é, e a partir de agora vais poder escrever no papel, mas não te esqueças do lápis! Ah, ah, ah! - disse a Dona Lúcia a rir.
- Mas, Dona Lúcia, tem por aí um lápis e umas folhas para me dar? – perguntou a Liliana.
- Não… Olha, eu vou à cidade e assim já posso comprar umas coisitas para ti. Tá bem? – perguntou a Dona Lúcia.
- Está bem - disse, contente, a Liliana.
(5ºA - Carolina e Pedro Alexandre)
Dona Lúcia chegou a casa com as folhas de papel que a Liliana tinha pedido. Ela ficou muito contente e, como agradecimento pela sua simpatia, decidiu fazer-lhe um poema.
Quando a Liliana chegou a casa contou ao pai como lhe tinha corrido o dia: disse que ela e a Dona Lúcia tinham feito as pazes e o pai respondeu que estava muito orgulhoso dela. Contou ainda que a Dona Lúcia lhe tinha comprado folhas de papel para ela escrever, desenhar e fazer outras coisas.
Chegou o fim do dia e a Liliana foi à rua e disse:
- Dona Lúcia, durma bem.
(E meteu-lhe debaixo da porta um pequeno poema que dizia assim:...)
(5ºC - Nuno e Oriana)

Quando tinha dificuldades
Fizeste por não me esquecer,
Por isso a minha amizade
Te quero oferecer.


A dona Lúcia quando o leu o poema ficou muito contente…
(5ºA Joana e Andreína)



... e incentivou-a a continuar a escrever, fosse o que fosse, até, dizia-lhe ela, porque não começar a escrever histórias? Podiam ser para crianças ou para gente mais crescida.
Aceitando de bom grado a sugestão de D. Lúcia, Liliana meteu mãos à obra, ou seja, caneta ao papel e começou a inventar as suas próprias histórias. Histórias repletas de magia e felicidade, pintadas com os perfumes e as músicas da natureza, desenhadas com as palavras que não paravam de lhe surgir na mente, palavras que lhe saiam em catadupa, perfilando-se nas folhas de papel que já eram poucas para tanta imaginação.
E os meses foram passando. Liliana tinha agora 17 anos de idade quando, num belo dia em que o professor amigo do pai, o tal que a ensinara a escrever e a ler, os visitou, e tendo lido os seus textos, ficou muito satisfeito e orgulhoso daquela sua antiga aluna pelos progressos que tinha feito, e pela imaginação e criatividade que brotava tão naturalmente, que lhe deu a conhecer um concurso de histórias juvenis que uma das maiores editoras do país estava a promover.
- E que tal, disse-lhe o professor, e que tal se concorreres? Nunca se sabe o que daí pode resultar...
Naquela noite Liliana mal conseguiu adormecer, revirando-se na cama toda a noite, acometida de sonhos e pesadelos relacionados com o tal concurso em que já se via a concorrer.
E foi com este estado de espírito que, na manhã seguinte, se levantou. Com uma decisão já tomada...

(António Cruz)

O pai ficou muito contente com a decisão da sua filha Liliana em relação ao concurso: Liliana resolvera mesmo concorrer com um texto seu.

(5ºA - Hugo e Marcelo)
Então a Liliana foi para o jardim e começou a tentar escrever o seu texto para o concurso. Começou assim:
“ Havia uma menina que tinha um sonho: saber ler e escrever.
Um dia o pai chegou a casa com um amigo professor que vinha ensiná-la a ler e a escrever. Nesse dia…”
E lá continuou a contar as suas aventuras.
(5ºA - Élvio e Catarina)



A Liliana era agora uma gran

de escritora. Mas voltemos atrás: quando concorreu àquele concurso, ela g

anhou o

primeiro prémio, com o texto sobre a sua vida.
O seu pai ficou muito orgulhoso da sua filha e todas as crianças adoravam os livros que a Liliana escrevia.
Entretanto, D. Lúcia já tinha falecido.
(5ºC Lisandra e Leocádia)

Quando isso acontecera, Liliana tinha ficado muito triste porque, apesar de tudo o que se tinha passado, tinha sido a D. Lúcia que também a ajudara a ler e a escrever. Para ela a D. Lúcia era uma segunda mãe…
(5ºA - Élvio e Catarina)

Liliana era agora convidada a visitar as escolas do seu país para falar com as crianças e explicar-lhes a importância que para todos tinha a leitura, os livros e a escrita.
- Se amanhã quiserem ser alguém, se quiserem perceber o mundo e as pessoas, terão que ler muito. Terão que fazer dos livros os vossos companheiros inseparavéis, levá-los a passear à praia, colocá-los ao vosso lado quando adormecerem, transportá-los numa mochila ou num saco quando forem de passeio. Os livros fazem parte do grupo dos nossos melhores amigos
E as crianças ficavam a olhar para ela, embevecidos com as suas histórias e com a sua maneira doce e carinhosa de falar, deixando-se levar pelas suas palavras e desejando terem com eles os tais livros de que LIliana lhes falava.
Só que eram crianças pobres e cujas famílias não tinham muito dinheiro. Dinheiro para livros então nem falar!
Até que Liliana, depois de ter ganho alguns prémios com as histórias e contos que escreviam tomou mais uma decisão na sua vida. Uma decisão que viria a contribuir para o interesse da leitura por parte dos mais pequenos.

(António Cruz)

A Liliana decidiu então criar, com os seus livros infantis, uma biblioteca, para que todas as crianças tivessem acesso a muitos livros…
(5ºA - Élvio e Catarina)

Fez a biblioteca na velha casa da D. Lúcia e o livro mais precioso era o das lembranças de pequena, que tinha da D. Lúcia, que, como sabem, já tinha falecido…
(5ºC - Lisandra e Leocádia)

Organizar uma biblioteca sozinha é muito difícil. Então decidiu procurar uma pessoa de confiança para ajudá-la.
Apareceram várias candidatas mas não gostou de nenhuma…
(5º A Catarina e Élvio)

No dia seguinte apareceu-lhe uma senhora que perguntou a Liliana:

- Posso ser sua ajudante?

- Sim, mas com algumas condições. Diga-me o seu nome.

- Chamo-me Dária Ermelinda, mas pode-me chamar Ermelinda.

E a Liliana aceitou-a, parecia ser uma pessoa amigável.

Estiveram toda a manhã a falar sobre como iam dinamizar a biblioteca…

(5ºC - Lisandra e Leocádia)

Começaram por procurar novos e bons armários para colocar as novas histórias. Depois de tudo perfeitamente organizado, a Liliana decidiu voltar a escrever histórias divertidas e fixes.
(5ºA – Élvio e Catarina)

Liliana tinha um amigo carpinteiro que lhe podia oferecer uns armários novos e foi falar com ele:
- Sr. Pedro, pode-me fazer uns armários para pôr na minha biblioteca que os outros já estão estragados?
- Sim, mas em troca quero que me ofereças um livro escrito por ti.
(5ºC - Lisandra e Leocádia)

Então Liliana, enquanto ele fazia o seu trabalho, escreveu-lhe uma história sobre dois lobos à solta.
(5ºA - Élvio e Catarina)

Ao final de um dia os armários estavam prontos e a história também.
Ela decidiu publicar a história dos “Dois lobos à solta”.
Liliana estava com algumas dificuldades para arrumar os livros. Então chegaram algumas pessoas para ajudá-la a arrumar os livros nas prateleiras.
(5ºC - Lisandra e Leocádia)

Depois de tudo impecavelmente arrumado, Liliana ofereceu uma história a todas as pessoas que a tinham ajudado, como forma de agradecimento.

No dia seguinte, Liliana apercebeu-se de que a sua biblioteca já estava a ser um sucesso.

(5ºA- Élvio e Catarina)

Um sucesso tão grande que se viria a espalhar por todo o país, desde pequenas aldeias a grandes cidades, nascendo aqui e ali mais uma biblioteca. Liliana era agora ajudada por muitos mecenas que tinham gostado do seu projecto e que o financiavam para poder adquirir mais livros, criar mais bibliotecas e, com esse sonho tornado realidade, poder encantar miúdos e graúdos sempre que estes procurassem o conforto e o aconchego de uma biblioteca, ou o calor e os ensinamentos de um livro qualquer que ele fosse.

Liliana passaria toda a sua vida a lutar por tornar maior o sonho que um dia tivera oportunidade de começar a realizar e, já aos oitenta e tal anos, viria a falecer sentada na sua cadeira de sempre na primeira biblioteca que um dia fundara.

Apesar de ter sido um momento triste, foi também um momento de grande festa e reconhecimento, já que as autoridades do país haveriam de reconhecer Liliana como uma das mais importantes obreiras na área da cultura, do incentivo à leitura e no aumento de leitores que ao longo dos anos tinha conseguido conquistar para a causa dos livros.

Liliana tinha sido a prova de alguém que nascera pobre, com dificuldades de ensino e de sobrevivência, mas que ajudada por outros, soubera reconhecer a aposta que eles tinham feito em si e transformado um sonho numa realidade que sempre estivera presente em cada momento da sua vida e da vida de todos os que um dia entraram nas suas bibliotecas e pegaram num dos seus livros. Caso para dizer que...o sonho comanda a vida.

(António Cruz)

A angústia de ser rica

Dona Joaquina já contava para cima de 80 anos de idade quando, na sexta-feira anterior, tinha ganho, sem saber como, a lotaria do Natal, o que lhe conferia um prémio para cima de 1 milhão de euros.Devido a este momento de sorte, de repente começaram a bater-lhe à porta ex-maridos que nunca tinha tido, filhos que jamais tinha dado à luz, amigos que nunca tinha visto e familiares de quem nunca soubera o nome. Dona Joaquina perguntava-se: e agora, o que fazer à minha vida?????
(António Cruz)- Será que devo dar o dinheiro que ganhei na lotaria aos pobres ou devo guardar tudo no Banco?! Estou muito confusa!!! - exclamou a Dona Joaquina, com ar de grande dúvida.
E decidiu...(5ºC - Helder e Carlos)
… pedir conselho à sua amiga Isabel, que a ajudava sempre nos seus problemas. Foi apanhar o autocarro e ficou à espera cerca de vinte minutos. Quando entra no autocarro apercebe-se de que não era o do seu destino, tinha-se enganado! De seguida foi perguntar ao condutor se podia parar mas ele disse que não, porque estavam na auto-estrada. Depois de muito tempo perdido, finalmente o autocarro lá parou à frente de um centro comercial, onde pôde apanhar oautocarro certo.(5ºA – Érica, Cláudia e Marisa)
A caminho da casa da sua amiga Isabel, ao sair do autocarro encontrou uma pessoa conhecida que também lhe deu uma opinião: que fizesse uma grande viagem.Quando chegou à casa da sua amiga perguntou-lhe finalmente qual o conselho que ela lhe daria se estivesse na sua situação e o seu conselho foi o seguinte:
(5ºC - Rubina e Luana)
- Guarda o dinheiro no banco para pagar as tuas despesas.Mas D.ª Joaquina decidiu dar parte do dinheiro para construir uma casa muito grande para os mendigos; e uma parte deu à sua amiga, que estava desempregada, e ainda ficou com algum dinheiro. Mas a melhor amiga da D.ª Joaquina, a Isabel, não queria aceitar porque...
(5ºA - Francisco e Nuno)
…queria que a D.ª Joaquina ficasse com o dinheiro todo, já que era a primeira vez na sua vida que ela tinha ganho a Lotaria. E também porque o dinheiro que ganhava na sua reforma não chegava a cem euros. Assim, com aquele dinheiro, ajeitava mais a sua vida. Quanto a ela, lá se havia de arranjar.
(5ºC)
D.ª Joaquina ficou na mesma, por causa de todos os conselhos que ouviu.Mesmo assim, decidiu ir perguntar ao Rafael, o seu grande amigo e irmão, que aconselhou:- Tu devias fazer com o dinheiro tudo o que sonhaste ao longo da tua vida.- Vou pensar nisso! – Respondeu a D.ª Joaquina, ainda mais confusa.Mas ainda lhe faltava perguntar a uma pessoa, o grande sábio que lhe dava sempre os melhores conselhos. D.ª Joaquina apareceu no seu escritório de surpresa.- Desculpa ter vindo sem me teres convidado. – disse D.ª Joaquina.- Não faz mal, é mais uma companhia que tenho. Porque é que vieste aqui?- Bem, desde que ganhei a lotaria, têm acontecido coisas muito estranhas. Têm-me aparecido em casa pessoas de quem nunca ouvi falar nem vi na minha vida.
(5ºC - Joana e Ana Isabel)
- Pois, às vezes ganhar a lotaria pode ser problemático... pega no teu dinheiro e vai para outro país. Assim é melhor porque ninguém pode pedinchar.D. Joaquina também gostava de conhecer coisas novas: países, amigos…Então seguiu o seu conselho, fez as malas e disse a toda a gente que conhecia e com quem falava que ia viajar para…
(5ºA - Ruben e Luís Daniel)
Mas estava tão indecisa… Para onde iria? Resolveu ir para a Alemanha e depois para Cuba.
Ao chegar ao aeroporto, na Alemanha foram-na buscar num BMW Kar Sam antigo que foi alvo de mais fotos do que a maioria dos monumentos e paisagens e que a levou a um hotel em Berlim.No dia seguinte foi ver as Portas de Brandenburgo, monumento construído no século XVIII.No último dia foi até visitar a minha avó à Rudolf-von-Gneist-Gasse, ao lado da pizzaria Luxemburg, e despediu-se.Então seguiu para Cuba e...(5ºC - Tiago e Roberto)
...quando lá chegou apercebeu-se de que o clima era completamente diferente, pois estava um calor insuportável.(5ºA - Carolina e Pedro)
... Tanto tempo em viagem provocava-lhe uma enorme saudade da sua terra, dos seus familiares, dos cantos dos pássaros que há tanto tempo conhecia. Saudades daquelas montanhas pintadas de verde e daquele mar de um azul-turquesa que não tinha igual em nenhum outro lugar do mundo.E, enquanto não se viu de volta à sua humilde casinha não descansou. Foi uma alegria imensa quando, de novo, pode abraçar o seu cão Marcolino e os seus gatos Simplex e Complex.De novo instalada na sua casa, Joaquina chegou à conclusão de que viajar não era o que sonhava para ela. E aquela ideia de poder fazer bem aos outros, aos desprotegidos e marginalizados pela sociedade, de lhes construir uma grande casa de abrigo, cada vez mais se tornava uma certeza na sua cabeça.E já agora, porque não, tendo ela tanto dinheiro e poucos mais anos de vida, que tal mandar construir também um centro de abrigo para animais abandonados. Sendo ela tão amiga dos animais e havendo tantos e tantos, gatos e cães, sem um lar e boas condições para viver, até que seria uma boa ideia. E foi assim que, munida destas duas ideias, se resolveu a ir falar com as entidades competentes para a concretização dos seus sonhos.
(António Cruz)

Os Sem-Abrigo começaram a viver numa casa enorme com tudo o que eles precisavam.D. Joaquina ia lá todos os dias para levar as coisas que faltavam em casa…Os gatos e os cães viviam na rua a procurar comida no lixo.Quando D. Joaquina mandou construir o Abrigo todos os cães e gatos passaram a poder comer e beber e ficaram muito felizes.D. Joaquina contratou três empregados para cuidar dos cães e gatos a toda a hora.Esses empregados ganhavam cerca de 400 € por mês.(5ºA - Rúben e Luís)
A Dona Joaquina já tinha realizado todos os seus sonhos e como ainda tinha muito dinheiro, decidiu fazer um cruzeiro com o seu cão Marcolino e os seus gatos o Simplex e Complex.Quando chegou à agência, viu um cruzeiro que passava por todas as ilhas de Canárias e decidiu ir falar com a empregada para ver quando era a próxima viagem. A senhora disse que era no dia seguinte, às 08:00 da manhã. E lá foi ela!Dois dias depois da partida do cruzeiro, já conhecia toda a gente, incluindo o comandante. Mas, durante uma tarde, quando ela estava ao pé da piscina com os seus animais viu um papagaio que se chamava Combi.(5ºC - Tiago e Roberto)

(5ºA - Rúben e Luís)
O Combi voou de imediato para o seu ombro e por ali ficou a papaguear. Palavras incompreensíveis para os conhecimentos da velhota. Até que dela se aproximou um senhor que deveria ter cerca de 70 anos, apresentando-se como Teodoro e dono do papagaio Combi. Joaquina disse-lhe que não percebia nada do que o papagaio papagueva, ao que lhe respondeu o senhor Teodoro que o havia comprado em terras de África e que apenas falava crioulo.Dona Joaquina quis saber mais desse crioulo e dessas terras em África. E assim acabaram por passar o resto do dia à beira da piscina do navio, trocando histórias e peripécias das suas vidas tão preenchidas de experiências. No momento em que tinham que se separar para se prepararem para o jantar, uma inexplicável saudade preencheu os seus corações. Será que alguma coisa tinha acontecido entre dona Joaquina e o senhor Teodoro?
(António Cruz)
Então D. Joaquina decidiu conversar mais com o Sr. Teodoro sobre África, porque ela estava ansiosa por chegar lá. Conversa daqui, conversa dali, D. Joaquina e o Sr. Teodoro começaram a apaixonar-se...(5ºA - Ruben e Luís)
No dia seguinte estava, nevoeiro, muito vento e o barco balançava bastante.Como de costume Dona Joaquina e o Sr. Teodoro iam sempre à beira da piscina falar sobre África e sobre o crioulo, mas enquanto falavam o barco balançou e Dona Joaquina foi parar aos braços do Sr. Teodoro.Todo envergonhado, pediu-lhe namoro e ela aceitou. Cinco meses depois do Sr. Teodoro ter pedido Dona Joaquina em namoro levou-a a um restaurante, alugou uma mesa que estivesse escondida e pediu para porem velas e para arranjarem o melhor violinista que tivessem.Tapou-lhe os olhos com uma fita vermelha, destapou-os carinhosamente quando chegou à mesa e disse-lhe:- Faz hoje 5 meses que te pedi em namoro e agora quero pedir-te em casamento. Dona Joaquina, aceitas casar comigo?(5ºC - Tiago e Roberto)
D. Joaquina aceitou o pedido de casamento do Sr. Teodoro e então começaram logo a fazer convites para os seus amigos irem ao casamento. O casamento era, como não podia deixar de ser, em África.(5ºA - Rúben e Luís)
Quando a Dona Joaquina e o Sr. Teodoro chegaram a África ela foi directa ao hotel fazer os preparativos para o casamento e ver o seu vestido.
Três dias depois era o dia do casamento e Dona Joaquina estava um pouco nervosa… e o Sr. Teodoro também.


Felizmente correu tudo bem e as pessoas pobres puderam comer graças à Dona Joaquina e ao Sr. Teodoro.
- Agora vamos à lua-de-mel, que vai ser uma estadia numa pirâmide do Egipto (uma que foi transformada em hotel) – disse o Sr. Teodoro.
(5ºC - Tiago e Roberto)
Quando chegaram ao hotel perceberam que era de cinco estrelas.O Hotel era muito fino, com pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e tinha uma piscina enorme e um grande jardim com muitas flores.Numa noite, quando D. Joaquina estava a dormir, o Sr. Teodoro foi ao jardim e apanhou duas rosas e um cravo e pôs ao lado da D. Joaquina.Quando ela acordou viu aquelas flores e ficou encantada. Acordou logo o Sr. Teodoro para perguntar se tinha sido ele que tinha posto as flores…(5ºA - Ruben e Luís)
Nesse dia eles foram dar um passeio nas redondezas. Partiram de manhã e só chegaram na hora de almoço.- Vou tomar um banho. Vai ter ao restaurante. – Disse o Sr. Teodoro.- Só vou beber um copo de água do mini-bar do quarto e depois já vou. – Respondeu a Dona Joaquina.Quando ela procurava um copo viu dentro de um armário um alçapão e decidiu abrir. Mas como não via nada desceu os primeiros degraus, com um pouco de medo e devagarinho… De repente, o alçapão fechou e ela não conseguia abri-lo, por isso…(5ºC - Tiago e Roberto)
…a D. Joaquina começou a ficar nervosa e desatou a gritar por ajuda mas ninguém a ouvia.Por isso decidiu começar a andar, mas foi ter a um beco sem saída. Aí havia umas gravuras estranhas nas paredes e ela pensou:- Se conseguisse decifrar estas gravuras conseguiria com certeza sair daqui!Enquanto dizia isto encostou-se a uma parede e de repente estava do outro lado, onde apareceu o Sr. Teodoro ao pé de um sarcófago e a D. Joaquina perguntou:- Como é que vieste aqui parar?- O chão abriu-se e vim aqui parar! – respondeu o Sr. Teodoro.(5ºC - Tiago e Carlos)
Então eles pensaram em como sair dali.D. Joaquina decidiu telefonar para o seu melhor amigo. Ela falou com o seu amigo e sugeriu contactar o hotel onde eles estavam a ficar.Ao saber do que se passava, o recepcionista do hotel chamou D. Joaquina e Senhor Teodoro e lançou-lhes uma corda gigante.Senhor Teodoro apanhou a corda e conseguiram sair dali …(5ªA- Ruben e Luís)
Quando se viram a salvo prometeram que nunca mais colocariam as suas vidas em risco pois devido à idade que tinham era perigoso envolverem-se em aventuras de que não conheciam o desfecho.
Joaquina e Teodoro acabaram a sua lua-de-mel no Egipto e aproveitaram ainda para conhecer um pouco mais do país dos faraós que tanta gente encantava mundo fora.Quando regressaram a sua casa, vinham de tal maneira satisfeitos e cheios de energia que, devido à montanha de dinheiro que D. Joaquina possuía, resolveram meter mãos ao trabalho e colocar em prática uma série de projectos de ajuda para com o próximo, fossem crianças desamparadas que precisassem de algum conforto, fossem pessoas idosas que necessitavam de um lar em condições para viver, fossem mães solteiras que tinham sido abandonadas pelos maridos, ou mesmo animais - cães e gatos - que andavam perdidos e esfomeados pelas ruas.
De tudo Joaquina e Teodoro fizeram para que o dinheiro que um dia lhe tinha caído das nuvens num momento de sorte fosse o mais bem empregue possível e de forma a poder tornar mais feliz a vida dos menos favorecidos. Quando o dinheiro que um dia dona Joaquina tinha ganho estava quase a acabar, ela e o marido resolveram então guardar um pouco, apenas o indispensável, para poderem viver confortavelmente até ao final das suas vidas.
(António Cruz)