quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Brinquinho, o cão detective

O Brinquinho foi um cachorro que eu tive quando era miúdo. Não era um cachorro como os outros, logo a começar pela razão da escolha do nome.

É que o Brinquinho não ladrava. Quero dizer, ladrava de uma forma muito especial. Diferente de todas as outras formas de ladrar dos cães que eu conhecia e, de tal forma o seu ladrar era diferente e especial que, um dia, o Brinquinho foi convidado para fazer parte de uma orquestra! Não acreditam? Pois então leiam o resto da história e vão ver como tenho razão. Ah! Só mais uma coisinha. A orquestra não era uma orquestra de cachorros!

(Octaviano Correia)
Aquela orquestra era de girafas do Curral das Freiras e aquele som de brinquinho era um instrumento musical que faltava ao Grupo de Girafas do Curral das Freiras.
(5ºC - Oriana e Miguel)

Um dia a orquestra de girafas foi tocar a França, à cidade de Marselha.
Quando a girafa Gira-gira foi buscar o seu violino, abriu a mala mas viu que estava vazia.
- Socorro!!! Polícia! Roubaram o meu violino!

(5ºA – Hugo e Marcelo)

Então a polícia veio depressa ver o que se passava.
- O que aconteceu? - perguntou o polícia.
- Não vê que roubaram o meu violino? –disse a girafa Gira-gira.
- Ah, foi só para isso que nos chamaram? Isso não é nada, já vi muitas coisas mais graves: roubar peças de arte, rapto de crianças e muitas coisas por aí muito mais graves… Está a perceber, D. Girafa Gira-gira?! – disse o polícia.
- O quê?! Eu tenho um concerto para dar e diz que não é assim tão grave?
As pessoas já tinham começado a dar palmas e a girafa estava aflita.
Então o Brinquinho teve uma ideia. (5ºA - Carolina e Pedro)


Depois decidiu descansar um bocado porque estava muito cansado de procurar o ladrão.
Após uma soneca muito longa, sentiu o cheiro do ladrão e acordou sobressaltado. Viu-o a correr pelo beco onde ele dormia, quentinho. Começou a correr atrás dele para recuperar o violino da girafa Gira-gira, não conseguindo, no entanto, apanhá-lo porque ele entrou em sua casa e trancou as portas à chave.
Rapidamente, o cão telefonou para a polícia dizendo onde era a casa do ladrão que tinha roubado o violino da Gira-gira.
(5ºC - Alexandre, David)

A polícia foi rapidamente para o local. Quando lá chegaram derrubaram a porta mas não viram ninguém, muito menos o violino. As autoridades perguntaram ao Brinquinho se estava a brincar com eles; o cão disse-lhes que não. Mesmo assim, teve que ir à esquadra prestar declarações. Os polícias acharam que a história tinha sido mal contada e disseram-lhe:
(5ºA - Duarte e Francisco)

- Sem provas não podemos fazer nada.
De seguida, Brinquinho voltou para o hotel onde a orquestra estava instalada. Logo que chegou, não hesitou em saber como tinha corrido o concerto da famosa orquestra animal; já que as coisas com ele não tinham corrido bem, pelo menos podiam ter corrido melhor com os seus amigos animais.
- Então, como foi o concerto? – perguntou o Brinquinho.
- Correu mal! – respondeu a Gira-Gira.
- Mal!? Porquê? – espantou-se o cachorrinho.
- Além de roubarem o violino da Gira-Gira…
- O que é que aconteceu mais? – perguntou, curioso, o Brinquinho.
- Por favor, deixem-no acabar! - brigaram as duas irmãs girafas, a Anselma e a Nina.
- Obrigado, minhas queridas! – continuou o chefe da orquestra – Além de roubarem o violino da Gira-Gira…
- Passa à frente, isso já todos sabemos – insistiu o cão.
- Está bem! Também roubaram as flautas de bisel e o piano dos primos Girassol. Não houve concerto!
- E agora?
- Agora é informarmos a polícia! – disseram todos em coro.
(5ºC – Joana e Ana Isabel)

A polícia chegou rapidamente ao local do crime e começou logo a investigar o caso, com a ajuda do faro do Brinquinho. Chegaram onde o faro do Brinquinho já os tinha levado antes. Mas o ladrão era esperto e por isso não deixara rasto. Roubou um carro de alta cilindrada, para chegar o mais depressa possível ao aeroporto e apanhar o avião que estava já de saída para Sidney, a capital da Austrália.
(5ºA - Jorge e Pedro Miguel)

O Brinquinho soube que o ladrão tinha ido para Sidney e foi atrás dele, porque a sua grande amiga gaivota o levou a voar por cima do oceano.
Quando o Brinquinho estava a chegar a Sidney, o ladrão já estava a arrancar com o carro.
Tentou, então, ver onde o ladrão se ia instalar. Para isso, a sua amiga gaivota seguiu o ladrão e foi dar com ele na Ópera de Sidney.
(5ºC - Diogo e Rafael)

...a gaivota viu o ladrão a entrar no hotel com o violino e com uma mala onde levava as flautas de bisel e outros instrumentos dos primos Girassol. O Brinquinho telefonou para a girafa Gira-gira para chamar o resto da orquestra. Foram então todos apanhar o avião para Sidney para se juntarem ao Brinquinho, que estava muito aflito, sozinho na Austrália e com aquele enorme problema para resolver.

(5ºA - Joana e Andreína)

O Brinquinho começou a ladrar e, como o seu ladrar tinha o som dum instrumento, o ladrão ouviu-o e pensou que era mais um instrumento para ele roubar. Então seguiu o som e… Zás! Caíram todos em cima dele.

(5ºA - Francisco e Pedro Duarte)
O ladrão tentou fugir mas não conseguiu. A girafa Gira-Gira agarrou no ladrão enquanto os irmãos Girassol telefonavam para a polícia. Quando a polícia lá chegou não viu nenhum ladrão, no meio daquele amontoado de bichos, só viu os animais da orquestra com os seus instrumentos.
(5ºA - Pedro Duarte e Francisco)

Muito zangado, o polícia disse:
– Estão a brincar com a minha cara?
Os animais responderam:
– Não… não… nós conseguimos prendê-lo, mas ele fugiu! Nós tentámos agarrá-lo, só que ele escapou-se…
(5ºC - Diogo e Rafael)

Entretanto, o ladrão, aflito, telefonara para um primo que já não via há muito tempo, pedindo-lhe ajuda para se esconder. Depois ficaram a pensar como é que iriam fazê-lo.

(5ºA - Francisco e Pedro Duarte)
Então eles pensaram e pensaram até chegar a uma conclusão: ir viver para a Suiça com o irmão do primo. No dia seguinte, já preparados para partir, chegaram ao aeroporto mas a Polícia já lá estava. Tentaram passar discretamente só que não conseguiram, porque a máquina apitou. Não conseguiram embarcar, mas, mais uma vez, lá conseguiram fugir, numa correria.

(5ºC - Rafael e Diogo)

Para não serem reconhecidos, disfarçaram-se de vendedores.



Enquanto isso, o Brinquinho e os seus amigos, continuavam à procura do ladrão; para tal iam a vários sítios. Ouviram barulho e viram uma barraquinha; então foram ver se havia alguma lembrança para levarem, como nunca tinham passado por ali. Quando chegaram à barraquinha e reconheceram os vendedores, o Brinquinho começou a ladrar com a sua voz musical e o ladrão, com medo, fugiu pelas traseiras com o primo, enquanto o Brinquinho telefonava rapidamente para a polícia. Quando a polícia chegou…

(5ºA - Francisco e Pedro Duarte)

... viu o ladrão e o primo ainda em fuga, numa correria, ao fundo da rua.

(5ºC - Rafael e Diogo)

Ainda tentaram apanhá-los mas foi tarde demais. Quando voltaram para os seus carros, os polícias pediram desculpas ao Brinquinho por não terem acreditado nele. O ladrão e o seu primo ficaram muito contentes por terem conseguido escapar mais uma vez. No entanto, não sabiam como continuar a esconder a sua identidade. Foi então que o primo do ladrão disse:
- Eu tenho ali uns fatos velhos do meu pai que já não lhe fazem falta.
- Boa! Disse o ladrão.
O primo do ladrão foi, então, buscar uns óculos escuros, umas calças rotas, uma camisa também rota e um chapéu. O ladrão parecia mesmo um mendigo mas quando saiu à rua e começou a pedir dinheiro, o Brinquinho passou e, com o seu faro apurado, reconheceu aquele cheiro.

(5ºA - Francisco e Duarte)

Quando sentiu o cheiro, começou a ladrar muito alto, tentando dar um sinal…
(5º C – Diogo e Rafael)

…mas o ladrão, ao perceber que era o Brinquinho, tentou fugir outra vez. Só que o Brinquinho…
(5ºA Francisco e Pedro Duarte )

...continuou a ladrar. Ninguém ligou, pensavam que era um simples cão que ladrava para chamar a atenção das pessoas, apesar do seu ladrar especial, de brinquinho. Ele foi logo a correr ter com os seus amigos para irem apresentar queixa à polícia.
Então lá foram eles! Chegaram à esquadra e ainda tiveram de esperar 2 horas para serem atendidos. Quando foram atendidos o Sr. Polícia perguntou:
(5ºC - Diogo e Rafael)

- Porque é que veio aqui mais uma vez?
- Vi um homem que, tenho a certeza, era o ladrão.
- Mas tem mesmo a certeza de que era ele?
- Sim.
- Então onde é que ele está agora?
- Quando o vi estava ao pé daquela barraquinha que arranjou com o primo, para ganharem dinheiro.
- Então vamos lá procurá-lo outra vez.
Chegaram ao lado da barraquinha e ela estava intacta ainda.

(5ºA - Francisco e Pedro Duarte)

Já se preparavam para voltar para a esquadra quando ouviram o barulho do motor de um carro. Um enorme carro vermelho com um altifalante preso em cima da capota.
Lá dentro, dois homens pareciam olhar com ar desconfiado à volta e, mal viram os polícias junto à barraca, tentaram fazer marcha-atrás, mas o motor falhou.
— São eles, os ladrões — gritaram, a uma voz só, os amiguinhos do Brinquinho enquanto o Brinquinho desatava a correr, furiosamente em direcção ao carro.
Não tardou que os ladrões estivessem algemados e presos no carro da polícia.
Hoje, um mês depois da prisão dos malandrecos, o Brinquinho está num campo especial de treino, para ser cão polícia. Melhor do que isso, foi promovido a detective especial, com direito a distintivo e tudo!

(Octaviano Correia)

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