quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Cabeças ocas / Pobre Elefante

E pronto
acabou-se a história.
Mas se acabou,
como foi que começou?
Pelo princípio
ora essa
que é como qualquer história começa
Mas quem souber como foi
diga que eu não sei
só sei
que tinha desenhos
e não eram poucos
cheios de nuvens
e cada nuvem era diferente
era um bicho
uma letra
até uma palavra.
Foram
certamente
feitos por desenhadores
loucos.

(Octaviano Correia)


Ora essa!
Desenhadores loucos,
cabeças ocas.
Quem será o autor?
Deve ser muito tolo...
O pintor onde estará?
Aqui no meu bolso
não está.

(5ºC - Lisandra e Leocádia)

- Olha! Lá vem o pintor.
Vou-lhe perguntar onde está o autor.
- Bom dia, senhor!
Você é o pintor, não é?
- Sou, sim senhor!

que era do Tiagão,

Já está de noite,

Está na hora de ir descansar

Na sua cama tão quentinha

Aquilo é que vai ser sonhar

Dormindo na sua caminha

Ao lado da sua mulherzinha

Até esquece a garrafinha

No dia seguinte lá foi o autor

(5ºC - Filipe e Carlos)

À procura do cantor
Como não o encontrou
Perguntou ao desenhador
- Sr. Desenhador, sabe onde está o cantor?
- Não, não sei!
- Vou continuar a procurar
até o encontrar.
Já fui ao jardim
e procurei até ao fim!
Mas só encontrei um jasmim.
E disse assim:
- Olha lá para mim!
Viste um cantor
alegre e com bom humor,

A tocar tambor?
(5ºC - Rubina e Luana)

- Sim, ele está ali ao pé do charco,
a escrever uma canção
com uma caneta e um papel na
mão.
- Obrigada, Sr. Jasmim.
E ele foi ter com o cantor.
- Olá, Sr. Cantor.
- Olá.
- O que está a fazer?

- Queres ouvir o meu poema?
- Sim.
- Nas ondas dos teus cabelos

ensinaste-me a surfar
agora estás careca

ensina-me a patinar.


- Boa, está muito bonito.
- Queres ir à minha casa lanchar?
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)

Mais tarde,
O autor e o cantor
Foram a um
Restaurante almoçar
Pois já estava na hora
De alguma coisa petiscar.

O pai do cantor,
Coitado tinha adoecido
Apanhou chuva,
E agora está no
Hospital adormecido.

O cantor despediu-se
Do autor e
Foi-se embora,
Pois tinha que ir
Visitar o seu pai
Que não queria demora.
(5ºA - Ricardo e Daniela)

Depois quando
O cantor chegou
Ao hospital, viu
O senhor General,
Com a perna partida,
Que partiu numa corrida

Junto ao mar,
Onde estava sentado
O senhor Amaral,
Com o presidente
Da Câmara Municipal.
O presidente estava
A beber um sumo de coco
E o Amaral estava rouco.
(5ºC - Jéssica e Ângela)

O senhor General estava a chorar,

porque o senhor Amaral

não conseguia falar...

E como estivesse ali mesmo um hospital,

aproveitou para se vacinar.

(5ºA - Rúben e Luís)

E aqui se acaba uma história

que parecia interminável

uma história maluca

onde vivem na mesma tela

cheia de desenhos loucos

cães e generais

o senhor João

da Rua do Alcatrão

um cachorrão

que comia caramelos

e carros amarelos.

Já farto de tanta conversa

o desenhador maluco

deitou fora os pincéis

deixou de ser troca-tintas

e foi em busca de uma história

que tivesse

pés e cabeça!

(Octaviano Correia)

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(O autor terminou o texto e já nos ofereceu outro começo. Vamos lá tentar continuar o nosso cantinho poético!!!)

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TEXTO D – POBRE ELEFANTE

O elefante

vive num circo

vive triste

porque está preso

vive só

sem companhia

a pensar

na Liberdade

o que podemos fazer

pelo elefante?

(Octaviano Correia)

Na jaula ao lado, estava um leão

que lhe deu uma sugestão:

- Se fizeres barulho

eles vão-te libertar

e assim poderás brincar!

(5ºA - Luís Carlos e Nuno)


Mais ideias devo ter
Mas por enquanto
Só esta te posso dizer.


Lá vinha o javali
Que disse ao chegar ali:
- Estás preso aqui?
Se queres uma sugestão
Dou-te uma mão.
Lá no Zoo, o nosso jardim,
Somos todos assim:
Estamos sempre em reunião
E assim não há discussão.
(5ºC - Ana Isabel e Joana Rubina)



E ele ficou a pensar...
Se eu fosse com ele
Ele podia-me ajudar
E assim poderia brincar.


Mas o tratador
ouviu o que ele disse
e foi contar aos donos do circo
antes que ele fugisse.
( 5ºA - Nuno e Luís Carlos)


O elefante triste ficou
Pensava que não ia encontrar a família
Então deu uma grande corrida para a porta
E a porta rebentou.
Mas o tratador…
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)


...que trabalhava com rancor,
Decidiu não dizer,
Porque também tinha amor.


Com o seu plano,
O elefante prosseguiu
E de seguida, da jaula saiu.

E aquele tratador

Não se importou.
Continuou a traba
lhar
Mas de uma coisa
Não se lembrou:

Que o elefante era infeliz
(5ºC - Ana Isabel e Joana)

O elefante de novo triste ficou
Pensando que nunca ia encontrar a família
Então deu uma grande corrida para a porta
E a porta já não aguentou...

Só que o tratador
Que tinha ouvido tudo
...
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)

Se os seus patrões
Não avisasse
Despedido podia ser,
Custou-lhe muito
Mas teve de dizer.

E o pobre elefante
Pouco a sua liberdade gozou
Encontraram-no logo,
E preso de novo ficou.

Os seus donos
bem explicaram
que o lugar de elefante
é no circo, domado

(5ºC - Joana e Ana Isabel)


Passados dois dias
Apareceu o Senhor Tobias,
Que o queria comprar
Para depois o libertar.
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)

Mas os donos ficaram

Muito tempo a pensar

Porque o elefante

Era valioso demais

Para se vender.

Só que o senhor Tobias

Voltou a tentar.

Mas tanta foi a

Resistência

Que não podia

Aguentar.

(5ºC - Ana Isabel e Joana)

O elefante mais triste ficou
Porque uma conversa escutou:
O homem não o conseguia comprar
Porque os donos do circo
De opinião não queriam mudar!
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)

O elefante pôs-se a chorar
Porque e a sua liberdade
Nunca poderia gozar.

E entretanto
Os seus amigos
Começaram a pensar
Para uma solução
Arranjar.

Um buraco poderia escavar?
Mas onde havia de ir dar?

Mas depois do mal
O bem havia de vir:
O dono do circo
Esqueceu-se da chave
Sem reflectir.

E o elefante,
Esperto que foi
Com a sua tromba
A chave agarrou.
Finalmente,
De alívio suspirou:
A jaula conseguiu abrir.

(5ºC – Ana Isabel e Joana)

Depois de pela porta sair
o elefante começou a fugir…
(5ºA Nuno e Luís Carlos)

O elefante não queria acreditar
Finalmente a sua liberdade
Conseguiu gozar

Antes de mais nada
Muitos perigos vou correr
Mas a segurança da cidade
Sempre quis manter.

Tudo bem lhe correu
E depressa o perigo apareceu.
Mas o elefante
Triste ficou

Porque foi no circo
Que o incêndio pegou.

(5ºC- Ana Isabel e Joana Rubina)
O elefante já não queria ser bombeiro
Mas sim padeiro

Para fazer pão
Sem nunca o deixar
Cair ao chão.
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)
Mas afinal o que se estava a passar?
Na hora do perigo…
ia recuar?
Nada disso
o elefante parou
e nem chegou a pensar.
Voltar para trás foi um instante
e em louca correria
foi ao rio bem depressa
e litros e litros
de água sugou
e o fogo do circo
em segundos apagou.
"Finalmente, finalmente"
gritou o povo contente…
o elefante é um herói
um herói de verdade
salvou o circo e os amigos
e ganhou a liberdade.
(Octaviano Correia)

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