E pronto
acabou-se a história.
Mas se acabou,
como foi que começou?
Pelo princípio
ora essa
que é como qualquer história começa
Mas quem souber como foi
diga que eu não sei
só sei
que tinha desenhos
e não eram poucos
cheios de nuvens
e cada nuvem era diferente
era um bicho
uma letra
até uma palavra.
Foram
certamente
feitos por desenhadores
loucos.
(Octaviano Correia)
Ora essa!
Desenhadores loucos,
cabeças ocas.
Quem será o autor?
Deve ser muito tolo...
O pintor onde estará?
Aqui no meu bolso
não está.
(5ºC - Lisandra e Leocádia)
- Olha! Lá vem o pintor.
Vou-lhe perguntar onde está o autor.
- Bom dia, senhor!
Você é o pintor, não é?
- Sou, sim senhor!
Já está de noite,
Está na hora de ir descansar
Na sua cama tão quentinha
Aquilo é que vai ser sonhar
Dormindo na sua caminha
Ao lado da sua mulherzinha
Até esquece a garrafinha
No dia seguinte lá foi o autor
…
(5ºC - Filipe e Carlos)
À procura do cantor
Como não o encontrou
Perguntou ao desenhador
- Sr. Desenhador, sabe onde está o cantor?
- Não, não sei!
- Vou continuar a procurar
até o encontrar.
Já fui ao jardim
e procurei até ao fim!
Mas só encontrei um jasmim.
E disse assim:
- Olha lá para mim!
Viste um cantor
alegre e com bom humor,
A tocar tambor?
(5ºC - Rubina e Luana)
- Sim, ele está ali ao pé do charco,
a escrever uma canção
com uma caneta e um papel na
mão.
- Obrigada, Sr. Jasmim.
E ele foi ter com o cantor.
- Olá, Sr. Cantor.
- Olá.
- O que está a fazer?
- Queres ouvir o meu poema?
- Sim.
- Nas ondas dos teus cabelos
ensinaste-me a surfar
agora estás careca
ensina-me a patinar.
- Boa, está muito bonito.
- Queres ir à minha casa lanchar?
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)
O autor e o cantor
Foram a um
Restaurante almoçar
Pois já estava na hora
De alguma coisa petiscar.
O pai do cantor,
Coitado tinha adoecido
Apanhou chuva,
E agora está no
Hospital adormecido.
O cantor despediu-se
Do autor e
Foi-se embora,
Pois tinha que ir
Visitar o seu pai
Que não queria demora.
(5ºA - Ricardo e Daniela)
Depois quando
O cantor chegou
Ao hospital, viu
O senhor General,
Com a perna partida,
Que partiu numa corrida
Onde estava sentado
O senhor Amaral,
Com o presidente
Da Câmara Municipal.
O presidente estava
A beber um sumo de coco
E o Amaral estava rouco.
(5ºC - Jéssica e Ângela)
O senhor General estava a chorar,
porque o senhor Amaral
não conseguia falar...
E como estivesse ali mesmo um hospital,
aproveitou para se vacinar.
(5ºA - Rúben e Luís)
E aqui se acaba uma história
que parecia interminável
uma história maluca
onde vivem na mesma tela
cheia de desenhos loucos
cães e generais
o senhor João
da Rua do Alcatrão
um cachorrão
que comia caramelos
e carros amarelos.
Já farto de tanta conversa
o desenhador maluco
deitou fora os pincéis
deixou de ser troca-tintas
e foi em busca de uma história
que tivesse
pés e cabeça!
(Octaviano Correia)
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(O autor terminou o texto e já nos ofereceu outro começo. Vamos lá tentar continuar o nosso cantinho poético!!!)
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TEXTO D – POBRE ELEFANTE
O elefante
vive num circo
vive triste
porque está preso
vive só
sem companhia
a pensar
na Liberdade
o que podemos fazer
pelo elefante?
(Octaviano Correia)
Na jaula ao lado, estava um leão
que lhe deu uma sugestão:
- Se fizeres barulho
eles vão-te libertar
e assim poderás brincar!
(5ºA - Luís Carlos e Nuno)
Mais ideias devo ter
Mas por enquanto
Só esta te posso dizer.
Lá vinha o javali
Que disse ao chegar ali:
- Estás preso aqui?
Se queres uma sugestão
Dou-te uma mão.
Lá no Zoo, o nosso jardim,
Somos todos assim:
Estamos sempre em reunião
E assim não há discussão.
(5ºC - Ana Isabel e Joana Rubina)
E ele ficou a pensar...
Se eu fosse com ele
Ele podia-me ajudar
E assim poderia brincar.
Mas o tratador
ouviu o que ele disse
e foi contar aos donos do circo
antes que ele fugisse.
( 5ºA - Nuno e Luís Carlos)
O elefante triste ficou
Pensava que não ia encontrar a família
Então deu uma grande corrida para a porta
E a porta rebentou.
Mas o tratador…
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)
...que trabalhava com rancor,
Decidiu não dizer,
Porque também tinha amor.
Com o seu plano,
O elefante prosseguiu
E de seguida, da jaula saiu.
Não se importou.
Continuou a trabalhar
Mas de uma coisa
Não se lembrou:
Que o elefante era infeliz
(5ºC - Ana Isabel e Joana)
O elefante de novo triste ficou
Pensando que nunca ia encontrar a família
Então deu uma grande corrida para a porta
E a porta já não aguentou...
Só que o tratador
Que tinha ouvido tudo
...
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)
Se os seus patrões
Não avisasse
Despedido podia ser,
Custou-lhe muito
Mas teve de dizer.
E o pobre elefante
Pouco a sua liberdade gozou
Encontraram-no logo,
E preso de novo ficou.
Os seus donos
bem explicaram
que o lugar de elefante
é no circo, domado
…
(5ºC - Joana e Ana Isabel)
Passados dois dias
Apareceu o Senhor Tobias,
Que o queria comprar
Para depois o libertar.
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)
Mas os donos ficaram
Muito tempo a pensar
Porque o elefante
Era valioso demais
Para se vender.
Só que o senhor Tobias
Voltou a tentar.
Mas tanta foi a
Resistência
Que não podia
Aguentar.
(5ºC - Ana Isabel e Joana)
O elefante mais triste ficou
Porque uma conversa escutou:
O homem não o conseguia comprar
Porque os donos do circo
De opinião não queriam mudar!
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)
O elefante pôs-se a chorar
Porque e a sua liberdade
Nunca poderia gozar.
E entretanto
Os seus amigos
Começaram a pensar
Para uma solução
Arranjar.
Um buraco poderia escavar?
Mas onde havia de ir dar?
Mas depois do mal
O bem havia de vir:
O dono do circo
Esqueceu-se da chave
Sem reflectir.
E o elefante,
Esperto que foi
Com a sua tromba
A chave agarrou.
Finalmente,
De alívio suspirou:
A jaula conseguiu abrir.
(5ºC – Ana Isabel e Joana)
Depois de pela porta sair
o elefante começou a fugir…
(5ºA Nuno e Luís Carlos)
Finalmente a sua liberdade
Conseguiu gozar
Antes de mais nadaMuitos perigos vou correr
Mas a segurança da cidade
Sempre quis manter.
Tudo bem lhe correu
E depressa o perigo apareceu.
Mas o elefante
Triste ficou
Porque foi no circo
Que o incêndio pegou.
(5ºC- Ana Isabel e Joana Rubina)
O elefante já não queria ser bombeiro
Mas sim padeiro
Para fazer pão
Sem nunca o deixar
Cair ao chão.
(5ºA - Nuno e Luís Carlos)
Mas afinal o que se estava a passar?
Na hora do perigo…
ia recuar?
Nada disso
o elefante parou
e nem chegou a pensar.
Voltar para trás foi um instante
e em louca correria
foi ao rio bem depressa
e litros e litros
de água sugou
e o fogo do circo
em segundos apagou.
"Finalmente, finalmente"
gritou o povo contente…
o elefante é um herói
um herói de verdade
salvou o circo e os amigos
e ganhou a liberdade.
(Octaviano Correia)
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