quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A fuga de Nessie

O meu nome é Nessie. Sei que é um nome um tanto ou quanto esquisito, escrito de uma forma também um bocado esquisita. Há quem diga que o meu corpo tem, também, uma forma esquisita e que eu moro num lago bastante esquisito.


Com tanta esquisitice só faltava dizerem que eu não existo. Bem, para dizer a verdade há quem diga que sim e há quem diga que não. Há até quem diga que já me viu várias vezes e há quem diga que isso é impossível porque eu não passo de uma lenda.
Isso é que era bom! Eu sou a Nessie e estou aqui a falar convosco! Portanto, existo. Mas o que é certo, certinho é que há mais de mil anos que andam a falar de mim, e sobre mim, a dizerem que não, a dizerem que sim.
Sobre mim já se escreveram dezenas de livros e publicaram milhares de artigos nos jornais e nas revistas. Até nas revistas científicas, imaginem! Já apareci na televisão e no cinema. Fui fotografada, filmada e ainda dizem que eu não existo!
A primeira vez que os jornais falaram de mim foi… deixa ver… vai para setenta anos quando um casal de turistas disse ter avistado, no lago onde eu moro, um monstro aterrorizante a entrar e a sair da água como fazem os golfinhos. Aterrorizante, eu?! Deixem-me rir!!!
Mas o que é certo, certinho, é que a partir daí, nunca mais me deixaram em paz. Imaginem que até já ofereceram dinheiro a quem me apanhasse.
E aqui estou eu, a Nessie, sossegadinha no meu lago, à espera que alguém conte a verdadeira história da minha vida…

(Octaviano Correia)

Certo dia um menino escorrega no lodo e cai no meu lago. Que azar! Porque é que ele tinha de cair logo em cima de mim?!
E o menino disse:
- Glu, glu, glu, glu.
O menino estava mesmo aflito! Quando dei conta, já era tarde: o menino estava com água a encher-lhe o estômago todo...
(5ºC - Rubina e Luana)

Eu estava um pouco longe dele mas, com a minha cauda comprida consegui puxá-lo para perto de mim e depois para fora do lago.
O menino estava a sentir-se mal e não conseguia respirar lá muito bem. Desmaiou e depois acordou de novo e viu-me. Então começou a correr para chamar pessoas. Aí, eu fugi logo para dentro do meu lago.

(5ºA – Joana e Andreína)


... chamado Daniel, começou a gritar: “Temos que acabar com ela!” mas foi calado pelo meu amigo Vítor, que mandou também vir os seus soldados para acalmarem os aldeões e a equipa de televisão. Vítor disse-me para eu fugir o mais depressa possível.
Eu mergulhei para as profundezas do lago e de repente encontrei o tal túnel escuro onde estava uma tabuleta a dizer “Mar do Norte”. Entrei nesse túnel assustador… (5ºA - Marisa, Cláudia e Érica)

Passado algum tempo, não se conseguia ver nada e ouviam-se barulhos que me davam pavor, estava cheia de medo e, para piorar a situação, ainda apareceram uns morcegos-vampiros que me assustaram a valer.
Caminhei sempre em frente às escuras sem ver nada; o túnel parecia não ter fim, até que vi uma luz lá ao fundo e corri o mais depressa que pude. Quando lá cheguei…

(5ºA - Ricardo e Daniela)


Vítor mandou chamar a sua cozinheira, a Mariana para trancar tudo. As portas do castelo estavam todas cerradas com ferrolhos. Depois de Mariana fazer tudo isto, foi contar ao Vítor…
(5ºC - Jéssica e Ângela)



Enquanto Daniel estava a procurar-me, desconfiado de que mais alguém estaria ali, ouviu-se um espirro e soltou-se um grande pó pelos ares.

Era Vítor, que não resistira ao pó da caixa por trás da qual estava escondido.

(5ºC - Jéssica e Ângela)

Então, Daniel viu Vítor, agarrou-o e levou-o à força.
Eu estava muito calada dentro do armário e quando os dois foram embora, saltei e fui a correr atrás deles. Mas estava muito confusa porque havia muitos caminhos: um ia dar à cidade, o outro ia dar ao campo e o último ao aeroporto. Então resolvi ir pelo caminho do aeroporto…
(5ºA - Daniela e Ricardo)

Entretanto, Daniel e Vítor iam a caminho da cidade. Vítor ia falar com a Polícia Judiciária pois queria fazer queixa por Daniel ter arrombado o seu castelo com a sua equipa. Daniel, por seu lado, queria chamar a atenção da polícia para o grande monstro que andava à solta e que Vítor protegia. Mas no meio do caminho aconteceu uma coisa…
(5ºC-Jéssica e Ângela)

… apareceu-lhes um duende bondoso que queria levar Vítor consigo. Daniel perguntou-lhe o que lhe daria em troca e o duende respondeu que lhe dava 2 barras de ouro. Daniel aceitou a troca, porque era obcecado por dinheiro, foi-se embora com o seu tesouro e nunca mais foi visto…
(Daniela e Ricardo 5ºA)

Entretanto Vítor achou estranho um duende bondoso querer pagar para ficar com ele. E perguntou:
- Ó bondoso duende, porque é que me queres levar?
- Porque tenho uma grande surpresa para ti, que és amigo do teu amigo.

(5ºC-Jéssica e Ângela)

Vítor ficou desconfiado, mas deixou-se levar. Quando chegaram a casa do duende este disse-lhe que era tudo mentira e que iria levá-lo até mim, pois tinha sido eu que lhe tinha pedido o favor de, daquela maneira, afastar do seu caminho o maléfico Daniel.

(5ºA - Daniela e Ricardo)

E assim foi. O duende levou o Vítor até perto do local onde eu me escondia e, com um assobio muito especial, que só os duendes sabem dar, fez-me aparecer.
— Pronto, Vítor — disse o Duende — aqui está a tua amiga. Queres que ela volte para as profundezas do seu lago?
— Sim, amigo Duende, mas gostaria de poder vê-la de vez em quando. Pode ser?
A resposta do duende foi do agrado do Vítor e é por isso que, ainda hoje, de vez em quando, saio das profundezas do meu lago, o Loch Ness, cá nesta terra chamada Escócia para ver se, na margem, está o meu amigo Vítor que, de tempos a tempos me vem fazer uma visita e recordar as aventuras que vivemos juntos.

(Octaviano Correia)

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